O Cpers/Sindicato aprovou ontem  greve de professores em assembléia no ginásio Gigantinho, em Porto Alegre. Cerca de 5 mil educadores do Estado participaram do encontro. A paralisação deverá ocorrer a partir do dia 15 de dezembro. A categoria exige a retirada da Assembléia Legislativa do projeto encaminhado pelo governo de Valorização do Funcionário Público.
De acordo com a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira, a proposta da governadora Yeda Crusius retira alguns dos principais direitos adquiridos pela categoria. "Nós precisamos construir uma grande mobilização para evitar a aprovação do projeto, que consideramos uma afronta a conquistas históricas", definiu.  Rejane critica o projeto, que prevê a troca do atual plano de carreira dos professores do Estado por um sistema de avaliação em que são levados em conta o ensino de forma geral nas escolas – incluindo material pedagógico e estrutura dos colégios. "A governadora quer colocar nos ombros do trabalhador uma falha causada por falta de investimentos do Estado", defendeu.  O Cpers critica ainda a proposta de reajuste completivo - que completa o valor do salário até o mínimo, ao invés de incidir sobre o básico – e a mudança no projeto de lei complementar que retira direitos como triênios e licença-prêmio.