Depoimentos de testemunhas e cenas coletadas de uma câmera de vigilância nas imediações de onde foi assassinado o ex-secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, 63 anos, colocaram nas mãos da polícia duas importantes pistas: fotos de suspeitos do crime e parte dos números da placa do carro usado pelos bandidos.
Uma das fotos é de um apenado, possivelmente do regime semiaberto, que teria deixado a prisão na sexta-feira, dia do crime, e estaria envolvido com quadrilhas de ladrões de veículos, o que reforça a versão de que Eliseu teria sido alvo de uma tentativa frustrada de assalto. De posse dessas imagens, a polícia tenta localizar os suspeitos que morariam na Região Metropolitana, mas agem no bairro Floresta e nos arredores.
No final da tarde de ontem, um telefonema anônimo para a Brigada Militar de Gravataí levou à captura de um foragido, suspeito de envolvimento no crime. O homem portava uma pistola calibre nove milímetros e circulava em um carro no bairro Morada do Vale I. No telefonema dado à BM, o interlocutor afirmava que o homem teria envolvimento no crime. Policiais da Delegacia de Homicídios foram até Gravataí conferir a situação do preso e verificar se ele pode ter alguma ligação com o caso.
Além da procura aos autores do crime, a polícia espera descobrir hoje a identificação da placa do veículo usado pelos criminosos. Uma pessoa que viu o carro teria revelado à polícia parte dos números da placa – composta por três letras e quatro algarismos.
As buscas ao carro dos assassinos é feita desde o final de semana, quando dois funcionários da Delegacia de Homicídios vasculham o sistema de registros de veículos do Departamento Estadual de Trânsito e o Consultas Integradas – o banco de dados da Secretaria da Segurança Pública – na tentativa de identificar o carro. Como os agentes só conhecem parte dos números, a pesquisa é trabalhosa, precisando lançar no computador diversas combinações de letras e algarismos até chegar nos carros suspeitos. Mesmo que a polícia descubra a placa, isso não significa que tenha identificado o carro, pois é possível que os bandidos estivessem com um carro com placas frias ou clonadas.