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Mulher com medida protetiva é morta em Encruzilhada do Sul; ex-namorado é preso suspeito de feminicídio

Conforme apurou a reportagem da RBS TV, o suspeito é Aldair Dias

05/05/2021 08:35 por Ed Junior


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Viviane Cardoso de Souza, de 29 anos, foi morta em Encruzilhada do Sul — Foto: Funerária Silveira/Divulgação


Uma mulher foi morta a tiros, na sexta-feira (30), em Encruzilhada do Sul, no Vale do Rio Pardo. A vítima foi identificada como Viviane Cardoso de Souza, de 29 anos. O principal suspeito é o ex-namorado dela, preso preventivamente na terça-feira (4). A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio.

Conforme apurou a reportagem da RBS TV, o suspeito é Aldair Dias. O advogado dele, Zeno Fernando Struk, informou ao G1 que irá analisar o decreto de prisão preventiva. A defesa estuda pedir a soltura do indivíduo, que foi encaminhado para o Presídio Estadual de Encruzilhada do Sul.

De acordo com o Ministério Público, Viviane tinha uma medida protetiva em vigor contra Aldair, autorizada no dia 22 de abril pelo 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher de Porto Alegre.

A delegada Luana Medeiros, da Delegacia de Encruzilhada do Sul, explica que o suspeito não obedeceu a ordem judicial.

“O agressor não cumpriu. Mesmo intimado das decisões judiciais, ele não cumpriu o afastamento da vítima”, disse.

Viviane tinha dois filhos de outro relacionamento, um de 4 anos e outro de 11. O corpo da mulher foi sepultado no sábado (1º), no Cemitério Municipal Papa João Paulo II, em Encruzilhada do Sul.

Caso

Conforme a delegada Luana Medeiros, Aldair não teria aceitado o fim do relacionamento do casal, que durou seis meses. Em 21 de abril, ele teria mantido Viviane sob cárcere dentro de um carro por 9h.

“Durante o período em que teve sua liberdade cerceada, a vítima era ofendida e ameaçada de morte. Somente conseguiu ser liberta após fingir ao agressor que estava tudo bem e que não findaria o namoro”, relatou.

Viviane trabalhava de segunda a sexta em Porto Alegre e voltava para Encruzilhada do Sul, distante 172 km da Capital, nos finais de semana. Após o sequestro, a vítima procurou a Polícia Civil e conquistou as medidas protetivas.

As normas proibiam o homem de se aproximar ou de entrar em contato com a vítima, inclusive por telefone e internet, devendo manter uma distância mínima de 300 metros dela, sob pena de prisão.

Na sexta-feira, quando estava voltando para Encruzilhada, Viviane foi morta pelo ex-namorado, baleada na cabeça. Segundo a Polícia Civil, Aldair efetuou os disparos e fugiu do local, não sendo possível realizar a prisão em flagrante.

Na segunda (3), o suspeito se apresentou à delegacia acompanhado do advogado.

“Como se trata de um caso de feminicídio, contendo fatos de ordem familiar e eu, na qualidade de advogado de defesa do acusado não posso, por questões éticas, fornecer detalhes sobre o depoimento prestado pelo meu cliente”, disse Struk.

No dia do depoimento, Aldair não pôde ser preso por não mais vigorarem as hipóteses legais para realizar a prisão em flagrante, explicou a delegada.

* Colaborou a assistente Júlia Barros sob supervisão de Lilian Lima

G1



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