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Crescimento nas exportações alivia suinocultores

Primeiro quadrimestre registra alta de 30,2% no volume embarcado ante o mesmo período do ano passado

29/05/2023 13:10 por Bruno Vargas


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Um crescimento de 30,2% na receita das exportações brasileiras de carne suína fresca, refrigerada ou congelada, rendendo US$ 837,5 milhões no primeiro quadrimestre, deram alento aos suinocultores. O Rio Grande do Sul teve o melhor desempenho entre os Estados exportadores neste período, com faturamento de US$ 206 milhões no período, incremento de 44,1% em comparação ao mesmo período do ano passado e participação de 24,6% nos embarques nacionais, conforme dados da plataforma Comex Stat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. 

“As exportações foram o fiel da balança neste quadrimestre, senão estaríamos em um cenário de dificuldades ainda maiores”, analisa o presidente da Associação de Criadores de Suínos do RS (Acsurs), Valdecir Folador. O dirigente entende que a alta nas vendas ao Exterior é um movimento natural do mercado, mas que também refletem dificuldades dos criadores chineses, às voltas este ano com novos surtos da peste suína africana. A China é o maior consumidor mundial de carne suína, e seus problemas sanitários na produção interna forçam a reorganização do mercado e facilitam a entrada de produto estrangeiro. 

De janeiro a abril, foram exportadas 338,1 mil toneladas, alta de 14,8%, com preço de US$ 2,48 por kg, melhora de 13,8% na comparação ao ano passado. A alta nas vendas ao Exterior também compensa a perda de competitividade da carne suína frente às proteínas de frango e bovina. Conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, de abril para maio os preços médios das proteínas suína e de frango tiveram leves avanços frente os da bovina, em queda. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína valorizou 1%, com a média mensal atual a R$ 9,84/kg. “Ainda estamos patinando, pois a carcaça tem se desvalorizado e vem em um momento complicado de preço no setor”, disse Folador. 

A Acsurs tem perspectiva de que o segmento possa ter melhor desempenho a partir do segundo semestre. “Acreditamos que vai haver reflexo a partir de custos de produção melhores, com queda de preço do milho, e vamos sentir isso nos preços a partir de agosto e setembro”, calcula Folador.



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