Início Notícia Voltar

Com investimento bilionário, fábrica de biodiesel tem lançamento oficial em Cruz Alta

Ação reunirá três cooperativas e deve gerar 1,6 mil empregos. Expectativa é que comece a funcionar até 2028

29/05/2025 07:24 por Maira kempf


CapaNoticia

Governador exaltou a confiança no Estado demonstrada pelo anúncio das cooperativas - Foto: Mauricio Tonetto/Secom


 

Cruz Alta será o município gaúcho a sediar uma das maiores fábricas de biodiesel e derivados de soja do Rio Grande do Sul. O anúncio oficial foi na manhã de quarta-feira (28) em evento que reuniu autoridades, empresários e lideranças locais na cidade. 

A unidade, que leva o nome de Soli3, é resultado da união de três cooperativas: CotrijalCotripal e Cotrisal. Juntas, elas anunciaram um investimento de R$ 1,25 bilhão para a construção da planta industrial em área de 140 hectares nos arredores da BR-158, em Cruz Alta.

A fábrica terá capacidade de processar até 1 milhão de toneladas de soja por ano, com produção de biodiesel e outros derivados do grão. A previsão é que as obras comecem ainda em 2025, com a operação a partir de 2028.

Durante a construção, a expectativa é de geração de 1 mil empregos diretos. Quando estiver em funcionamento, a estimativa é de mais 650 vagas diretas e indiretas.

— A fábrica significa energia limpa e renovável. Isso vai ser muito bom para a região, aos produtores e o objetivo é agregar renda ao produtor rural — disse o presidente da Soli3 e da Cotrisal, Walter Vontobel. 

Presente no evento, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lembrou que o investimento é primordial para processar e gerar riqueza interna em vez de exportar o grão e beneficiá-lo fora do país. 

— Isso agrega valor à nossa produçãogera empregos e movimenta a economia. O Estado entra com seus programas de incentivo, como o programa à produção de biodiesel do RS. Assim o Estado vai consolidando a sua posição na produção de biocombustíveis — disse Leite. 

Jean Maidana / Divulgação

Área onde será instalada a Soli3, em Cruz Alta.Jean Maidana / Divulgação

Exportação e logística como diferenciais

Cerca de 60% do farelo produzido será destinado à exportação, com escoamento pelo Porto de Rio Grande. O restante será distribuído entre o mercado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A escolha do biodiesel como produto principal se deve às boas perspectivas do setor. Além da forte demanda no mercado interno, há também potencial de exportação, segundo os dirigentes.

A localização de Cruz Alta foi considerada estratégica, por estar no centro da área de atuação das três cooperativas e contar com estrutura logística favorável. A planta contará com integração ferroviária, o que deve reduzir custos logísticos e beneficiar outras cooperativas da região.

— Já há muito tempo a industrialização vem sendo pensada porque precisamos agregar valor ao produto do nosso associado e, como temos hoje a Soli3, estamos criando uma indústria pra industrializar em torno de 40% da soja recebida das três cooperativas — afirmou Germano Döwich, presidente da Cotripal. 

— Transformar a soja é agregar valor na produção, é redução de custos na logística, no transporte e uma rentabilidade que pode ser retornada ao nosso produtor. Vai ser um projeto que vai trazer muitos benefícios pra sociedade e o produtor do Rio Grande do Sul — completou o presidente da Cotrijal, Nei Mânica. 

GZH



Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.


Este site usa cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência.

Ouça aqui

89.7 FM

Amanhecer na Querência

Ouça aqui

91.5 FM

Amanhecer na Querência
89.7
91.5