Em audiência, Justiça ouve adolescente que atacou escola em Estação e testemunhas do crime
Depoimentos iniciaram na terça-feira (29) no Fórum de Getúlio Vargas. Agressor foi ouvido nesta quarta-feira (30)
31/07/2025 08:33 por Maira kempf

Ataque à escola municipal aconteceu no dia 8 de julho. Jefferson Botega / Agencia RBS
A Justiça concluiu na quarta-feira (30) a audiência de instrução do processo que apura o ataque à Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi em Estação, no norte do Estado. O caso envolve um adolescente de 16 anos que invadiu a instituição de ensino, matou um aluno e feriu outras quatro pessoas.
A audiência iniciou ainda na terça-feira (29), no Fórum de Getúlio Vargas. No primeiro dia, foram ouvidas 16 testemunhas de acusação, entre elas uma das vítimas do ataque, além da professora e dos pais de alunos que estavam na escola no último dia 8 de julho.
Já no segundo dia, prestaram depoimentos quatro testemunhas de defesa e, ao final, foi ouvido o agressor.
A juíza responsável pelo caso é Dolores Kramer. Conforme o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, com o encerramento da fase de instrução, será concedido prazo às partes para alegações finais e posterior julgamento.
O teor das informações colhidas em depoimento não foram divulgados em razão do sigilo processual. O caso tramita em segredo de Justiça por envolver crianças e adolescentes.
Relembre o caso
As investigações foram concluídas pela Polícia Civil no dia 16 de julho. O adolescente de 16 anos assumiu a autoria do crime e foi responsabilizado por atos infracionais equiparados a homicídio consumado pela morte de Vitor André Kungel Gambirazi, de nove anos, e por 39 tentativas de homicídio praticadas contra alunos e uma professora.
A perícia feita em celulares da família apontou que o adolescente participava de comunidades online que abordam o tema, embora de forma superficial. As investigações concluíram que o autor agiu sozinho.
O agressor segue internado em um centro de atendimento socioeducativo da Região Norte desde o dia do ataque. A internação é provisória e dura 45 dias. A partir do processo, a Justiça vai decidir por quanto tempo ele deve permanecer internado, podendo chegar a três anos.
GZH
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