ENTREVISTA| Delegado Bruno Chaves detalha investigação do homicídio de Ana Paula de Moura
Sete pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado. O suposto mandante do crime seria um indivíduo que já estava detido no presídio de Ijuí, morador de Três de Maio. Entre os indiciados, não há nenhuma pessoa de Santo Augusto.
10/09/2025 11:12 por Maira kempf

Foto: Bruno Vargas
Em uma entrevista concedida na manhã de hoje nos estúdios da Rádio Querência, o delegado Bruno Chaves detalhou a conclusão do inquérito que apurou o brutal homicídio de Ana Paula de Moura. O crime, que chocou a região em julho, teve o inquérito finalizado e remetido à Justiça na semana passada.
A investigação da Polícia Civil, segundo o delegado, aponta que a motivação do crime foi uma desavença relacionada ao tráfico de drogas. A vítima tinha um histórico de envolvimento com drogas, com indiciamento passado por tráfico e sendo dependente química e frequentadora de locais de venda de entorpecentes.
O crime ocorreu em uma boate no bairro Getúlio Vargas. Após a execução, o corpo da vítima foi colocado no porta-malas de seu próprio carro, que foi incendiado no interior de Coronel Bicaco. Apesar da carbonização do corpo, que impediu a identificação exata da causa da morte, a Polícia conseguiu determinar que a vítima já estava morta antes de o veículo ser incendiado e que não havia marcas de tiro.
O delegado destacou a rapidez da investigação: "De uma forma célere, dada a complexidade do caso, a gente conseguiu demonstrar os autores, partícipes, motivação e a dinâmica dos fatos".
Sete pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado. O suposto mandante do crime seria um indivíduo que já estava detido no presídio de Ijuí, morador de Três de Maio. Bruno Chaves ressaltou que, entre os indiciados, não há nenhuma pessoa de Santo Augusto. Dos sete envolvidos, cinco permanecem presos e um está foragido.
O inquérito foi enviado à Justiça para que o Ministério Público decida se oferece a denúncia. Se houver julgamento, a pena para homicídio qualificado pode chegar a até 30 anos de prisão.
Ouça a entrevista abaixo:
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