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Delegada afirma que conselheiro envolvido em caso da menina que morreu em Alvorada prestou falso testemunho e fraudou documento

Conforme Jeiselaure de Souza, a pasta referente ao caso de Mirella foi aberta somente após o óbito e não foram feitas diligências.

16/06/2022 08:56 por Maira Kempf


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A menina foi levada por uma funcionária para atendimento em UBS de Alvorada — Foto: Reprodução


 

A delegada Jeiselaure de Souza, que investiga a morte da menina de três anos que chegou sem vida a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Alvorada, afirmou na quarta-feira (15) que o conselheiro tutelar envolvido no caso prestou falso testemunho em depoimento e fraudou documentaçãoMirella morreu no dia 31 de maioMãe e padrasto estão presos preventivamente desde 11 de junho.

"Depois que os conselheiros prestaram depoimento na terça-feira, chegaram informações de que o conselheiro nunca tinha estado no local. Começamos a averiguar essa informação e constatamos que a pasta referente ao caso Mirella foi aberta somente após o óbito", afirma.

A reportagem tentou contato com o Conselho Tutelar de Alvorada, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem. Em nota, a prefeitura de Alvorada diz que não irá se manifestar, pois se trata de um inquérito policial. Leia a nota completa no final da reportagem.

De acordo com a delegada, o conselheiro juntou um relatório de diligências de que ele teria estado no local e não teria encontrado a família e que teria tentado contato telefônico e não tinha obtido êxito. "Mas a verdade é que este documento que ele colocou dentro da pasta, que ele assinou, é falso, porque ele nunca esteve no local", disse Jeiselaure.

A delegada informou que o Grupo Hospital Conceição (GHC) enviou notificação em 10 de janeiro para o Conselho Tutelar, já no final da tarde. "No outro dia, pela amanhã, a equipe administrativa abriu o e-mail e encaminhou para o conselheiro com atribuição para que ele tomasse as providências cabíveis, só que nada foi feito, nenhuma diligência foi feita neste caso."

Na tarde de quarta-feira (15), a Polícia Civil esteve no Conselho Tutelar. "Solicitamos alguns documentos, como por exemplo a planilha de rota dos veículos, porque toda e qualquer diligência que o conselheiro faça deve ser registrada nessa planilha." A delegada disse que foram ouvidos motoristas, outros conselheiros, que também disseram que a pasta não existia, além de funcionários administrativos.

"Fizemos um encaminhamento ao Ministério Público para que tomem as providências pertinentes."

Do ponto de vista criminal, a delegada afirma que o conselheiro estava depondo na condição de testemunha e "prestou um falso testemunho na delegacia". Além disso, Jeiselaure destaca que houve uma falsificação documental. "Vamos verificar todas as implicações criminais e administrativas da atuação do conselheiro e está sendo apurado com todo o rigor por parte da Polícia Civil."

 

Nota da prefeitura de Alvorada

 

"A Prefeitura de Alvorada informa: em relação ao caso do óbito da menina Mirella, a Administração e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), não irão se manifestar, pois, trata-se de um inquérito policial. Toda e qualquer informação deverá ser obtida somente através da delegacia responsável pela investigação do caso. A Prefeitura informa ainda que está prestando todo suporte necessário para auxiliar nas investigações."

G1



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