Roger Machado permanece no cargo, pelo menos por enquanto. Após a derrota para o Flamengo por 2 a 0 nesta quarta-feira, no Beira-Rio (a terceira seguida contra o mesmo adversário), ele ainda precisa liderar uma reação do Inter na temporada. Caso contrário, a permanência dele fica seriamente ameaçada. No sábado, o Inter encara o Cruzeiro, em Belo Horizonte, pelo Brasileirão, única competição que resta neste ano.

“Não sou treinador do Inter. Eu estou treinando o Inter. Esse cargo pertence ao clube. E vou ficar aqui enquanto conseguir fazer o time reagir”, declarou Roger após o jogo. Para ele, a eliminação na Libertadores diante do Flamengo foi justa: “Fizemos força máxima, mas enfrentamos um adversário que foi melhor do que nós nos dois jogos. Os jogadores deram o máximo, mas não foi suficiente. Nos faltou capacidade para superar um oponente muito qualificado, que, neste momento, está à frente do Inter”.

Observado pela cúpula do futebol colorado — o vice de futebol José Olavo Bisol, o diretor técnico D’Alessandro e o executivo André Mazzuco —, o técnico foi mais contido nas respostas e lembrou da pressão que vem pela frente. “Essa ausência de resultados aumenta a frustração. Isso é normal, ainda mais em um ano que começou muito bem”, afirmou.

Segundo Roger, o objetivo agora é retornar à Libertadores. “O que me sustenta é o trabalho do dia a dia e os momentos em que o time já mostrou qualidade. Este ciclo vive uma fase baixa, mas já teve picos altos. O momento é ruim e gera frustração, mas já tivemos dias melhores”, disse.

Sem muito tempo para lamentar, o Inter volta a campo neste sábado, diante do Cruzeiro, em Belo Horizonte. “Precisamos retomar o Brasileirão, repetindo o que fizemos no ano passado, desde a minha chegada. A motivação agora é voltar à Libertadores no ano que vem”, finalizou.