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Início gelado, chance de La Niña e períodos de estiagem: veja o que esperar da primavera no RS

Nova estação se inicia nesta segunda-feira às 15h19min

22/09/2025 07:24 por Maira kempf


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primavera começa nesta segunda-feira (22), às 15h19min (horário de Brasília). A nova estação chega com o frio e com expectativa de confirmação de um novo La Niña, capaz de influenciar no clima do Rio Grande do Sul nos próximos meses. 

Os primeiros dias da estação serão gelados, com mínimas pouco abaixo dos 10°C em muitas áreas — e até com risco de geada. 

Apesar do friozinho, de forma geral, a previsão indica uma estação com chuva e temperatura próximas à média histórica (veja abaixo). Também, não se descarta a ocorrência de períodos mais secos e quentes dentro dos próximos três meses, principalmente no centro-oeste gaúcho.

O que se espera da primavera?

O professor Julio Marques, do curso de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) explica que, a tendência, é que a estação comece com acumulados dentro da normalidade. E, com o avançar de novembro e dezembro, seja observado uma diminuição.

— Devemos ter uma redução da chuva entre o final da primavera na Fronteira Oeste e na Campanha e no restante do Estado no início do verão. Ocorre uma diminuição da entrada de umidade que vem da Amazônia na região e a chuva fica irregular. Não significa que não terá chuva, mas o volume total é que começa a ir reduzindo — diz.

O especialista, assim como a Climatempo, aponta que podem ser observados períodos mais secos no Rio Grande do Sul durante a primavera

A meteorologista Danielle Ferreira, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), diz que, no momento, não estão sendo previstas reduções de precipitação drásticas. 

A média de chuva da primavera, segundo ela, pode fechar entre 30 a 50 milímetros abaixo dos parâmetros históricos, que são: 

  • Áreas do Norte costumam registrar entre 500 e 600 milímetros na estação
  • Na região mais central do Estado, entre 400 a 500 milímetros
  • Já no Extremo Sul, entre 300 e 400 milímetros

Um pouco mais quente

A meteorologista Danielle Ferreira afirma que o prognóstico para o mês de outubro é de temperatura mais amena. À medida que o verão se aproxima, as médias ficam mais próximas e até acima da média

Em grande parte das regiões, os termômetros variam entre 19ºC e 24ºC durante o trimestre. Este ano, os registros pode chegar a cerca de 2ºC acima do que costuma marcar durante a estação.

Um das explicações para isso é justamente a redução da chuva, explica o professor da UFPel Julio Marques:

— A primavera começa com cara de inverno. Mas, como começa a diminuir a chuva e fica mais seco, esse cenário começa a fazer com que a temperatura fique mais elevada. Por conta da temperatura diurna e da circulação de ar seco, se espera uma anomalia acima da média pro final da primavera — pontua.

O especialista reforça que a temperatura mais elevada, associada a períodos com pouca chuva, pode favorecer a ocorrência de estiagem. Isso porque com menos umidade e mais calor, a água presente no solo e nos reservatórios hídricos evaporam mais facilmente.

Chance de La Niña?

Diante do resfriamento progressivo que vem sendo observado na temperatura da superfície do Oceano Pacífico, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) indica que há chance de desenvolvimento de um novo La Niña durante a primavera. 

O fenômeno climático global está associado a períodos de redução no volume e na frequência de chuva no Estado. 

Conforme a Climatempo, a expectativa é de que o LA Niña já esteja consolidado em meados de outubro e que seja de curta duração, com fraca a moderada intensidade. 

Fenômenos comuns da estação

A primavera marca o período de transição que separa o inverno e o verão. Assim, os dias ficam mais longos e iluminados por conta do aumento natural da radiação solar e da temperatura nessa época do ano.

Mas, ainda o calor pode aparecer intercalado com períodos mais gelados e frescos com a chegada de massas de ar frio, criando um contraste típico, que pode dar origem a tempestades. 

Além disso, há mudanças nos padrões de umidade e de vento. Por isso, a orientação dos especialistas é sempre acompanhar a previsão do tempo de curto prazo.

GZH



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