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Advogada de réu no processo criminal da boate Kiss pedirá julgamento sem público

Na avaliação de Tatiana Borsa, representante de Marcelo de Jesus dos Santos, medida daria maior segurança ao julgamento durante a pandemia e garantiria maior serenidade aos jurados

22/01/2021 10:47 por Maira Kempf


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Sem juiz nem data estabelecidos para o júri da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, os responsáveis pela defesa dos réus no processo criminal aguardam definições da Justiça e afirmam que, como as famílias das vítimas, seus clientes também desejam celeridade. A advogada de Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da banda Gurizada Fandangueira), Tatiana Vizzotto Borsa, afirma que pedirá para que o julgamento ocorra sem público, ainda neste ano. 

— Seria o mais justo e imparcial e daria maior segurança a todos, até porque serão muitos dias, com muitas testemunhas, e ainda vivemos uma pandemia — justifica Tatiana.

Representante de Luciano Bonilha Leão (ajudante da banda), Jean Severo diz que o cliente está “ansioso pelo desfecho”. Na avaliação dele, “é provável que o júri não tenha a presença de familiares, sendo transmitido pela internet”.    

— Por parte do Luciano, esse júri já teria ocorrido. Ele sofre muito com essa situação e crê na absolvição — ressalta Severo.

Defensor de Mauro Hoffmann, um dos sócios da boate, Mario Cipriani lembra que ainda existem pendências jurídicas no Supremo Tribunal Federal (STF) que precisam ser resolvidas antes do júri:

— Temos um recurso extraordinário no STF, no qual discutimos a questão do dolo (quando se assume o risco de matar) no caso do Mauro. Ele era só um acionista, não teve envolvimento. 

Sobre a possibilidade de julgamento com acesso restrito, Cipriani considera a medida “razoável” e avalia que o Judiciário “terá esse entendimento”.

Já o advogado Jader Marques, que representa o outro sócio da Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, diz que o momento é de aguardar.

— A defesa aguarda a manifestação da autoridade que vai presidir os trabalhos. O andamento está na mão do Judiciário — resume Marques.

A possibilidade de não poder acompanhar presencialmente o júri é alvo de repúdio da  Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM). O presidente da entidade, Flávio Silva, diz que fará de tudo para evitar a medida.

— Esperamos que o julgamento saia este ano, mas não queremos que seja realizado sem a presença das famílias, em hipótese alguma. Precisamos estar presentes e faremos qualquer coisa para garantir isso — reforça Silva.

 

GaúchaZH



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