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Mãe e companheira serão ouvidas em novembro sobre morte de menino de 7 anos em Imbé

Outras 23 testemunhas também estarão nas audiências de instrução, marcada para 18 e 19 de novembro pela 1ª Vara Criminal de Tramandaí.

20/10/2021 08:53 por André Motta


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Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e Bruna Nathiele Porto da Rosa — Foto: Divulgação


 

O juiz Gilberto Pinto Fontoura, da 1ª Vara Criminal de Tramandaí, no Litoral Norte, marcou para 18 e 19 de novembro as audiências de instrução das duas rés no processo criminal que apura as responsabilidades pela morte do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos.
Ele foi considerado desaparecido em 29 de julho e, dias depois, a polícia prendeu as duas suspeitas pelo crime. Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe do menino, e a companheira dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa, são acusadas de homicídio, tortura e ocultação de cadáver.
O advogado Jean Severo, que representa a mãe do menino, confirmou participação. "Yasmin vai revelar o que realmente aconteceu! E nega totalmente a autoria deste crime", afirma.
G1 também entrou em contato com a defesas de Bruna, mas, até a publicação desta reportagem, não havia obtido retorno.

O interrogatório delas deve acontecer no dia 19. Além delas, serão ouvidas em turnos diferentes 23 testemunhas: 20 convocadas pelo Ministério Público, sendo uma delas em comum com Yasmin, e três pela defesa de Bruna.
Segundo o Tribunal de Justiça do estado (TJ-RS), todos os procedimentos serão presenciais, exceto no caso de pessoas que morem fora de Tramandaí, que irão depor por videoconferência.
Bruna recorre da decisão do magistrado que, conforme laudo pericial, concluiu que ela é plenamente capaz de entender o caráter ilícito de seus atos. A ré passou por avaliação psicológica em razão da instauração de incidente de insanidade mental.
As acusadas cumprem prisão preventiva no Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.

Relembre o caso

Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, foi dado como desaparecido no dia 29, data em que o Corpo de Bombeiros Militar iniciou as buscas. Porém, segundo a Polícia Civil, a mãe admitiu que a criança foi morta e atirada no Rio Tramandaí dois dias antes.
De acordo com o Ministério Público, o menino vivia sob agressões e violência, e foi assassinado porque as mulheres o consideravam um "empecilho" para a vida do casal.
A procura foi suspensa pelos bombeiros depois de 48 dias. O delegado responsável pelo caso, Antonio Carlos Ractz, comentou que não existiam mais razões técnicas para manter as buscas pelo corpo de Miguel.
A investigação revelou que a mãe e madrasta de Miguel andaram cerca de 2 km com uma mala em que estaria o corpo do menino. Imagens de câmeras de segurança flagraram as duas carregando o objeto com a criança dentro. (Veja vídeo acima)
A perícia confirmou que o DNA encontrado dentro da mala é o do menino, bem como o sangue identificado em uma camiseta e em uma corrente.
Em uma das etapas da investigação, a Polícia Civil revelou pesquisas que teriam sido feitas por Yasmin no celular. Nas consultas, a mãe do menino buscava informações se "digitais humanas saem na água salgada do mar".

G1/RS



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