Mulher é presa por suspeita de queimar mãos do filho no fogão e jogar sal nas feridas
Conforme a Polícia Civil, as lesões do adolescente evoluíram para um quadro infeccioso grave, com risco de amputação
03/10/2025 07:20 por Maira kempf

Adolescente de 15 anos permanece internado e segue em tratamento para recuperação das lesões. Polícia Civil / Divulgação
Uma mulher foi presa preventivamente nesta quinta-feira (2) em Balneário Pinhal, no Litoral Norte, suspeita de torturar o próprio filho, de 15 anos.
O caso veio à tona após a escola do adolescente comunicar à polícia a ausência dele por 10 dias. Assim que retomou os estudos, o estudante estaria com as mãos enfaixadas e teria relatado para a escola que havia sido queimado pela mãe em um fogão, como forma de castigo por supostamente ter furtado um vizinho.
Segundo a Polícia Civil, além de provocar as queimaduras, a mulher não teria procurado atendimento médico para o filho. Em vez disso, teria aplicado sal de cozinha nas feridas, o que teria agravado o sofrimento do adolescente.
De acordo com a investigação da polícia, as lesões evoluíram para um quadro infeccioso grave, com risco de amputação. Conforme o delegado Rodrigo Nunes, responsável pela investigação, essa informação foi repassada pelos profissionais do posto de saúde que atenderam o jovem.
O Conselho Tutelar foi acionado e, durante as diligências iniciais, os policiais constataram que ele não teria recebido nenhum tipo de cuidado médico. O adolescente foi levado ao hospital posteriormente, onde foram identificadas queimaduras de terceiro grau nas duas mãos, além de sinais de infecção avançada e odor característico de necrose.
A mãe foi localizada no balneário Magistério e encaminhada ao sistema prisional após os procedimentos legais. A prisão aconteceu durante a terceira fase da Operação Elo de Proteção, que tem como objetivo reforçar o combate a crimes contra pessoas em situação de vulnerabilidade.
A mulher deve responder durante a investigação pelos crimes de tortura e omissão de socorro. O adolescente permanece internado e segue em tratamento para recuperação das lesões e da sensibilidade das mãos.
GZH
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